segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Sessão formativa: google docs






Nós mostramo-nos sempre bastante empenhados e interessados nesta sessão. O professor Carlos Mendonça começou por apresentar uns breves diapositivos com noções básicas sobre o assunto. De seguida, concebeu alguns exercícios para que pudéssemos acompanhar mais facilmente a transmissão da informação e com isso construímos um formulário no Google Docs. A sessão foi útil, porque permitiu-nos conhecer uma nova ferramenta da web 2.0 que poderá eventualmente vir a facilitar a recolha de informação na avaliação de algumas atividades que realizamos. O trabalhinho fica todo feito! É só consultar os gráficos. Por nós valeu apena! Eis alguns momentos… Obrigada ao professor Filipe Ribeiro que cedeu a aula para esta atividade. Sem ele não teríamos feito esta "descoberta"!

Ana Mendes 11ºB
Joana Ferreira 11ºB

terça-feira, 11 de dezembro de 2012


A propósito de um livro… Uma lição de cidadania!
 
Os meus olhos são uns olhos/E é com esses olhos uns/que eu vejo no mundo escolhos/onde outros, com outros olhos,/não veem escolhos nenhuns.

António Gedeão, Poemas escolhidos, Ed. Sá da Costa

A propósito do estudo dos textos dos media, na disciplina de português, foi-nos apresentado, para leitura contratual, o livro Boa Educação – crónicas, de Maria Teresa Maia Gonzalez. Aparentemente, nada trazia de especial, mas ao folhearmos as primeiras páginas logo nos demos conta que talvez tivéssemos em mãos uma lição de cidadania!
Tal como o título indica, o livro surge da compilação de um conjunto de crónicas antes publicadas pela autora. Cada título, cada referência introdutória assume-se como um convite à reflexão sobre as nossas atitudes e os nossos comportamentos nas relações interpessoais e em sociedade. Façamos um exercício. O que sugere ao leitor os seguintes títulos: “não faço nada dela!”; “sem licença”; “dar lugar”; “agressões na escola”; “quando o telemóvel toca”; “reduzir”; “à mesa”; “educar para ouvir”…
 
Na verdade, ficámos impressionadas com relatos que nos mostram que os pais não são capazes de EDUCAR e empurram essa tarefa para a escola. Quando não resulta, correm para o psicólogo. A partir de que idade devem os filhos decidir o que fazer? A partir dos 10 anos? Dos 15? O facto é que vemos crianças com extraordinárias exigências com idades bem inferiores! Gritam com os pais, chantageiam, manipulam … E os adultos vão-se deixando levar, envergonhados, cansados, esquecidos da sua responsabilidade de serem pais! Esquecidos desse projeto de vida que é criar e educar um filho!
 
Por que razão brincam as crianças na salas dos restaurantes criando perturbação no trabalho dos funcionários e em todos os outros clientes? Ninguém os ensina a comer, sentados, quietos, com educação, à mesa? Ninguém as educa para o convívio em família? Por que razão não cedem os mais novos o lugar aos mais velhos? Ninguém os ensina a respeitar o cansaço da idade? Por que razão não chegam as pessoas a tempo aos seus compromissos? Ninguém as ensina que não cumprir horários é sinónimo de falta de respeito para com os outros? Por que razão é tão importante para as pessoas sobressair com conversas nos seus telemóveis, a toda a hora, nos restaurantes, na missa, em todo o lado? Alguém quer saber da vida delas? Enfim! Onde está o civismo das pessoas? Alguém conhece o valor do silêncio?
 
Em determinado momento do livro destaca-se uma citação de Fernando Savater: “Não te iludas: de uma coisa – ainda que seja a melhor coisa do mundo – só podem tirar-se … coisas.” Parece-lhe, caro leitor, que nos nossos dias, com os nossos modos de agir, foram “coisas” o que perdemos?
No fundo, a leitura deste livro, feita agora uma reflexão maior, revela-se inquietante! Com crónicas, textos curtos que partem de assuntos banais do quotidiano, a autora questiona situações vividas, que de tão repetidas, embora indecorosas, são aos nossos olhos, presentemente “banais”. Lamentavel!

Talvez o caro leitor nos saiba responder: Onde estão as nossas virtudes? Em que consistirá tratarmo-nos como pessoas?

Ana Mendes (11ºB)
Joana  Ferreira (11ºB)
Patrícia Martins (11ºC)
 
Texto publicado no jornal escolar "Pau de Giz" e no jornal "Notícias de Vizela".